Este é um espaço dedicado para minhas dicas teatrais mas, antes de dar minha dica teatral, quero informá-lo (a) sobre a origem do teatro e as discussões que este provocou em alguns dos nossos maiores filósófos.
O TEATRO E OS PENSADORES.
O teatro surgiu a fim de discutir questões ligadas ao conhecimento na Grécia antiga, mas só se consolidou e realmente propagou-se no século XVI com Gil Vicente em Portugal. Na Grécia as encenações iniciam-se com o culto a Dioniso ( deus do teatro e do vinho) através dos sátiros¹. Dioniso é um deus da época micênica, ou seja, uma divindade asiática que viveu por muitos séculos confinado no campo e sem direito ao culto da pólis, portanto não possuía uma cadeira entre os imortais no Olimpo.
Um deus estrangeiro não penetra na pólis sem um batismo de ordem mítica e a criativa imaginação grega temperou os elementos da história, Dioniso tornou-se cidadão da pólis e imortal do Olimpo. Os gregos possuíam uma sede de conhecimento contemplativo por isso os pensadores vão discutir a fundo o teatro. Para Platão, o teatro possui uma técnica imperfeita porque a arte alimenta-se da imitação, por isso vive das aparências afastando o homem da verdade, assim, a encenação torna-se uma corrupção da idéia pela imagem, o que leva Platão a condenar todos os imitadores, como pode ser visto na sua obra Platão . A REPÚBLICA .
Já para Aristóteles, o teatro, especificamente a tragédia, tornou-se um centro de força intelectual que expressava os sentimentos coletivos, que era a imitação de uma ação séria e complexa que possuía uma linguagem requintada, a fim de levar o público à purificação de suas emoções, isto é, a catarse. Fica aqui apenas uma amostra de tudo o que o teatro é capaz de proporcionar e trazer como discussão, cabendo a nós, letrados e professores levar essa inquietação aos nossos alunos, para que estes tirem suas próprias conclusões e mostrar que a Filosofia não está distante de sua realidade, pelo contrário, esta se faz presente a todo instante.
O teatro surgiu a fim de discutir questões ligadas ao conhecimento na Grécia antiga, mas só se consolidou e realmente propagou-se no século XVI com Gil Vicente em Portugal. Na Grécia as encenações iniciam-se com o culto a Dioniso ( deus do teatro e do vinho) através dos sátiros¹. Dioniso é um deus da época micênica, ou seja, uma divindade asiática que viveu por muitos séculos confinado no campo e sem direito ao culto da pólis, portanto não possuía uma cadeira entre os imortais no Olimpo.
Um deus estrangeiro não penetra na pólis sem um batismo de ordem mítica e a criativa imaginação grega temperou os elementos da história, Dioniso tornou-se cidadão da pólis e imortal do Olimpo. Os gregos possuíam uma sede de conhecimento contemplativo por isso os pensadores vão discutir a fundo o teatro. Para Platão, o teatro possui uma técnica imperfeita porque a arte alimenta-se da imitação, por isso vive das aparências afastando o homem da verdade, assim, a encenação torna-se uma corrupção da idéia pela imagem, o que leva Platão a condenar todos os imitadores, como pode ser visto na sua obra Platão . A REPÚBLICA .
Já para Aristóteles, o teatro, especificamente a tragédia, tornou-se um centro de força intelectual que expressava os sentimentos coletivos, que era a imitação de uma ação séria e complexa que possuía uma linguagem requintada, a fim de levar o público à purificação de suas emoções, isto é, a catarse. Fica aqui apenas uma amostra de tudo o que o teatro é capaz de proporcionar e trazer como discussão, cabendo a nós, letrados e professores levar essa inquietação aos nossos alunos, para que estes tirem suas próprias conclusões e mostrar que a Filosofia não está distante de sua realidade, pelo contrário, esta se faz presente a todo instante.
¹ São os cultores de Dioniso, também conhecidos como homens bode.
E minha dica teatral é : Justine inspirada na obra do Marquês de Sade, a peça conta a história de uma moça religiosa que surpreende a todos comentendo crimes e perversões havendo entre ela e sua irmã um contraponto intrigante em relação ao comportamento de ambas e o rumo que suas vidas tomaram.
Rio de Janeiro
Local: Espaço Cultural Sérgio Porto
Preço(s):R$ 30,00.
Data(s):4 a 19 de julho de 2009.
Horário(s):Sábado e domingo, 21h.
Local: Espaço Cultural Sérgio Porto
Preço(s):R$ 30,00.
Data(s):4 a 19 de julho de 2009.
Horário(s):Sábado e domingo, 21h.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei todos os textos, pois neles são aplicados a forma culta da língua portuguesa, sugestões culturais (livro e peça teatral) e etc. Tudo isso contribui para o crescimento intelectual dos leitores deste blog. Gostei mais da parte acima (Vá ao teatro), porque nele contém mais informações sobre a história do tema, comparando com os demais textos.
ResponderExcluirParabéns por ter escrito esta página culta na Internet; minha nota é 10.
Oi, Vitor!
ResponderExcluirMuito Obrigada pelo seu comentário! Aqui no Cantinho das Letras, você irá encontrar dicas diversas sobre os assuntos que este blog aborda,quanto ao tópico vá ao teatro,procurarei sempre pôr um texto sobre a evolução do teatro e informações sobre os clássicos do teatro mundial em conjunto com minha dica de peças.
O Blog está muito interessante. Gostariar de registrar como sugestão a trilogia de Michel melamed que está no sesc ginásticom em curta temporada. Fui ver Regurgitofagia, e gostei muito! Thaís
ResponderExcluirObrigada,Thaís!Conheço a trilogia feita pelo Michel Melamed e realmente Regurgitofagia é excelente, a prposta da peça é incrível!Infelizmente essas peças não estão mais em cartaz mas caso haja uma nova temporada irei indicar aqui com certeza.
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